Título: essencialismo: A disciplinada busca por menos
Autor: Greg McKeown
Páginas: 272
Edição: 1ª
Editora: Sextante
Lançamento: 2015
O que é o essencialismo?
Essencialismo é dedicar-se a fazer menos, porém melhor. Somente ao focar apenas no que é realmente importante, em vez de tentar abarcar tudo, é que podemos oferecer nossa máxima contribuição.
Greg McKeown, em seu livro, faz uma analogia entre nosso estado atual (A) e nosso objetivo (B), mostrando como dividir nosso esforço e energia em várias tarefas atrapalha nosso progresso em direção ao destino desejado.
Mais do que apenas um objetivo simples, ele também define o que é um objetivo essencial: deve ser concreto, inspirador, mensurável e significativo. A partir dele, é possível tomar uma decisão que elimina muitas outras futuras.
E quais seriam os passos para se aplicar efetivamente o essencialismo em nossas vidas? Segundo o autor, são três: explorar, eliminar e executar.
1) Explorar
Esta fase inicial da filosofia essencialista destaca a importância de manter a mente aberta a possibilidades que antes poderiam passar despercebidas. Aqui é onde identificamos as oportunidades existentes e o que podemos fazer para explorá-las.
Para explorar novas possibilidades, é necessário realizar uma análise ampla e com uma visão do todo, sem se aprofundar em todos os detalhes. É essencial fazer um “pré-filtro” para evitar uma sobrecarga de informações.
Neste capítulo, Greg também discute a criação de um ambiente favorável ao pensamento. O foco, muitas vezes considerado como algo inato, pode ser cultivado. Estabelecer um momento de concentração pode variar desde encontrar um local tranquilo para pensar e até reservar um tempo para si recusando tarefas não prioritárias.
2) Eliminar
Após a fase de exploração, temos várias opções e caminhos para alcançar nossa meta. Agora, precisamos identificar quais desses caminhos são não essenciais para atingi-la. Para isso, é crucial retornar ao objetivo essencial e questionar: “Se eu só pudesse escolher uma única coisa para alcançá-lo, o que seria?”.
As atividades menos importantes devem ser eliminadas ativamente, não apenas temporariamente colocadas em segundo plano. Muitas vezes, por pressão social, acabamos aceitando tudo o que nos é solicitado no trabalho e na vida pessoal. O medo de perder oportunidades, romper laços importantes e desapontar os outros nos influencia. No entanto, para realmente aplicar o essencialismo em nosso cotidiano, é essencial desenvolver a habilidade de dizer “não” quando necessário, pois ao não estabelecer limites claros, outros o farão por você.
Para facilitar esse processo, o autor sugere algumas diretrizes úteis:
- Separe a decisão que precisa ser tomada da pessoa que está solicitando algo;
- Recusar não precisa envolver necessariamente a palavra “não”; existem maneiras mais suaves de fazê-lo, sem deixar margem para interpretações ambíguas;
- Reflita sobre o que pode perder e o quanto se distanciará de seu objetivo essencial ao aceitar a solicitação;
- Normalmente, o impacto de um “não” nas relações interpessoais é apenas a curto prazo (se existir de fato);
- Dizer “não” é um ato de responsabilidade para garantir que você aceite apenas o que pode cumprir.
3) Executar
O objetivo neste capítulo do livro é destacar formas de facilitar a execução de tarefas após identificar o que é essencial e eliminar o restante com ganhos marginais.
A primeira sugestão é elaborar um planejamento com vários cenários para o projeto, considerando a possibilidade de ocorrer imprevistos. Isso ajuda a estabelecer prazos e expectativas realistas. Muitas vezes, no ambiente corporativo, subestimamos prazos por receio de utilizar uma “margem de segurança”, influenciados pela pressão social para concluir tarefas rapidamente.
Em seguida, a ênfase está em “remover, e não adicionar”. Em vez de alocar recursos, como tempo, para um projeto que não conseguirá ser concluído a tempo, o foco deve ser eliminar obstáculos que atrasam ou impedem o progresso. A estratégia é priorizar o problema com maior impacto negativo nos prazos e concentrar-se em resolvê-lo.
Greg também destaca a importância de celebrar pequenas vitórias que contribuem para a meta final. Enquanto os “não essencialistas” estabelecem metas muito amplas e obtêm resultados limitados, os adeptos do essencialismo mantêm a motivação ao perceberem o progresso incremental a cada passo dado.
Por fim, ressalta-se a importância de uma rotina alinhada com o essencialismo e focada no presente. A aplicação esporádica desses conceitos acaba não tendo um impacto significativo na vida das pessoas em comparação àquelas que os aplicam consistentemente.
Caso tenhamos dificuldade em priorizar o que realmente importa, é fundamental lembrarmos da limitação do tempo que temos para alcançar nossos sonhos. Investir tempo e energia no que é verdadeiramente essencial reduz as chances de nos arrependermos futuramente em relação às decisões tomadas.
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